Se são fanáticos de Coldplay como eu sou, de certeza que já equacionaram várias hipóteses para isso ser assim. Ninguém é doentiamente apaixonado por alguma coisa (mesmo que seja uma banda de britbop) sem nenhuma razão.
Sejamos claros: os Coldplay não têm a melhor base instrumental do mundo. Não são os melhores compositores de pop do mundo e não «inventaram» o seu género. Mas, eu próprio afirmo, os Coldplay são os maiores. São os maiores porque aprenderam dos melhores. Que banda junta melhor influências de Radiohead, Verve, Oasis, U2, Beatles, Genesis, Blur - e muitas outras -... enfim, um sem-número de inspirações divinas, como eles? Nenhuma. Pelo menos que eu conheça.
Os Coldplay não são só uma banda de indie, sobrevivente da comercialização extrema e contraditória (indie, etimologicamente, significa «independente», independente das grandes labels). Os Coldplay são a única banda de britbop genuíno que existe actualmente, criada no final da década de 90, com primeiro álbum lançado já no século XXI. Isto não é desprezo pelas outras «jovens» bandas britânicas de música alternativa - Arctic Monkeys, Franz Ferdinand, Keane (eu não gosto, demasiado comerciais), Zero 7, etc. Estas bandas exploram outro campo de sonoridades muito mais afastado do britbop.
Os Coldplay, desde que existem, têm os seus discos edtiados pela subsidiária da EMI Parlophone. A história da Parlophone confunde-se com a do britbop. O britbop surgiu no final dos anos 80 (embora aqui as opiniões sejam muito divergentes e, por vezes, contraditórias), mas criou raízes e foi ganhando forma muito, muito antes. Talvez nos Beatles, eles editados por esta label. Nos tempos mais recentes, nesta editora estiveram - praticamente - todos os artistas da cena britbop e pós-britbop. Os Verve, os Radiohead, os Blur; e os «pós», Coldplay, Gorillaz, The Good, the Bad and the Queen...
Para evitar fugir à questão inicial, vamos deixar, por agora, a história do fenómeno musical e voltamos aos Coldplay. O Chris Martin, quando entrevistado no concerto Live at the BBC, disse «I think we are the most humble band in the world.» Isto parece um simples paradoxo parvo, mas, na verdade, reflecte perfeitamente a essência dos Coldplay. Eles são só a banda mais humilde do mundo. É isso que os torna grandes. A atitude que têm. O facto de serem livres na maneira de fazer música - aprenderam dos Radiohead, claro!
Naturalmente também são brilhantes na sua maneira de fazer música. O Chris Martin é, para mim, o melhor vocalista de pop/rock de sempre. Se tivesse de fazer um top pô-lo-ia à frente de outros «mestres» que eu venero, Thom Yorke, Michael Stipe, Eddie Vedder ou Damon Albran.
Eu oiço Coldplay, porque eles são a banda mais humilde do mundo, oiço porque a música deles toca, porque não estão comprometidos com nada, porque não devem nada a ninguém. Porque são os últimos indies da história da pop.
Até breve.
Sejamos claros: os Coldplay não têm a melhor base instrumental do mundo. Não são os melhores compositores de pop do mundo e não «inventaram» o seu género. Mas, eu próprio afirmo, os Coldplay são os maiores. São os maiores porque aprenderam dos melhores. Que banda junta melhor influências de Radiohead, Verve, Oasis, U2, Beatles, Genesis, Blur - e muitas outras -... enfim, um sem-número de inspirações divinas, como eles? Nenhuma. Pelo menos que eu conheça.
Os Coldplay não são só uma banda de indie, sobrevivente da comercialização extrema e contraditória (indie, etimologicamente, significa «independente», independente das grandes labels). Os Coldplay são a única banda de britbop genuíno que existe actualmente, criada no final da década de 90, com primeiro álbum lançado já no século XXI. Isto não é desprezo pelas outras «jovens» bandas britânicas de música alternativa - Arctic Monkeys, Franz Ferdinand, Keane (eu não gosto, demasiado comerciais), Zero 7, etc. Estas bandas exploram outro campo de sonoridades muito mais afastado do britbop.
Os Coldplay, desde que existem, têm os seus discos edtiados pela subsidiária da EMI Parlophone. A história da Parlophone confunde-se com a do britbop. O britbop surgiu no final dos anos 80 (embora aqui as opiniões sejam muito divergentes e, por vezes, contraditórias), mas criou raízes e foi ganhando forma muito, muito antes. Talvez nos Beatles, eles editados por esta label. Nos tempos mais recentes, nesta editora estiveram - praticamente - todos os artistas da cena britbop e pós-britbop. Os Verve, os Radiohead, os Blur; e os «pós», Coldplay, Gorillaz, The Good, the Bad and the Queen...
Para evitar fugir à questão inicial, vamos deixar, por agora, a história do fenómeno musical e voltamos aos Coldplay. O Chris Martin, quando entrevistado no concerto Live at the BBC, disse «I think we are the most humble band in the world.» Isto parece um simples paradoxo parvo, mas, na verdade, reflecte perfeitamente a essência dos Coldplay. Eles são só a banda mais humilde do mundo. É isso que os torna grandes. A atitude que têm. O facto de serem livres na maneira de fazer música - aprenderam dos Radiohead, claro!
Naturalmente também são brilhantes na sua maneira de fazer música. O Chris Martin é, para mim, o melhor vocalista de pop/rock de sempre. Se tivesse de fazer um top pô-lo-ia à frente de outros «mestres» que eu venero, Thom Yorke, Michael Stipe, Eddie Vedder ou Damon Albran.
Eu oiço Coldplay, porque eles são a banda mais humilde do mundo, oiço porque a música deles toca, porque não estão comprometidos com nada, porque não devem nada a ninguém. Porque são os últimos indies da história da pop.
Até breve.
Não sendo eu muito boa a comentar este tipo de blogs, só tenho uma coisa a dizer... Sou fã desde 2004, não porque não gostasse deles antes, aliás, os meus trabalhos preferidos remetem a 2000-2003, e estando eu nos meus 18 anos, tenho a certeza que eles chegaram à minha vida para ficar. Nunca nenhuma outra banda me mudou tanto a vida. Sim, porque eles mudaram radicalmente a minha vida, e se eu me visse obrigada a descrever aqui todos os sentimentos que nutro por estes 4 individuos, nunca mais terminaría com certeza.
ResponderEliminarForça Codplay, nunca se deixem ir abaixo, sou uma das vossas maiores fãs e sempre serei, até ao fim.
Daniela.