sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Já estão um bocado fartos da treta do plágio?

Eu, pessoalmente, já me considero um bocado farto da parvoíce de «os Coldplay plagiaram o Satriani». Vão passear. Os Coldplay não plagiaram coisa nenhuma. E não é só pelo facto de eu adorar - os Coldplay não plagiaram o tema If I Could Fly de Joe Satriani.

Não querendo fazer juízos profundos sobre a qualidade de Joe Satrini como músico (guitarrista) ou, pura e simplesmente, como compositor; sinceramente basta ter alguns conhecimentos rudimentares de música para se perceber que, um fragmento melódico duma música ser semelhante a outra, não é plágio. As música, se vistas no seu todo são claramente diferentes.

Não deixa de ser curioso um apontamento que os Coldplay muito recentemente fizeram: admitiram um "plágio"! Mas não do If I Could Fly, duma canção do falecido cantor Jeff Buckley. Claro que a explicação é perfeitamente compreensível (eram novos, o cantor era um ídolo...).

Já a questão de Viva la Vida, parece-me que se trata de um caso de obsessão por parte de Joe Satriani que aproveitou uma mera coincidência musical para criar um hype gigante à volta da sua música. Quantas pessoas conhecem If I Could Fly - ou mesmo o próprio Satriani - antes e depois do queixa de plágio? Pois, deve haver aí uma grande diferença.

Se eu tenho poucas dúvidas relativamente ao desfeche deste caso: acho que não será possível assumir que Viva la Vida é plágio (posto que para demonstrar isso não chegam as comparações entre os refrões das duas músicas sobrepostos para provocar uma reacção imediata de «Ah! É igual!»); também acho que isto conseguiu fazer alguns estragos na imagem da banda Coldplay. Não é que não seja habitual na indústria da música haver acusações de plágio, tanto é que já não é a primeira vez que isto acontece aos Coldplay, mas este caso está a ter uma recepção mediática particularmente forte (talvez por se tratar dum ataque àquele que é, claramente, dos melhores temas de pop/rock do ano e não só).

Negar as semelhanças é ingenuidade. Não assumir a possibilidade de um trecho melódico (seja ele grande ou pequeno) ser, coincidentemente, igual em dois temas é ignorância musical. Não é que Joe Satriani seja ignorante musical, nem pouco mais ou menos. Satriani sabe bem o que fez, porque é que fez e, até agora, obteve o resultado que queria. Nem me parece, sequer, que o guitarrista americano esteja realmente à espera de «obter os lucros e benefícios» que já foram obtidos pelos Coldplay. Só a divulgação da sua música e a quantidade de «terreno» já conquistado, são triunfos para o músico.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Coldplay Stadium Shows 2009

Em plena Viva La Vida Tour, os Coldplay anunciaram há coisa de uma semana a realizacão de uma mini-digressão de concertos que decorrerão em três dos grandes estadios do Reino Unido.
Esta pequena tour está prevista para Setembro de 2009 e nos três espetáculos está confirmada a presença de Jay-z, que tem vindo a trabalhar com a banda, particularmente na música Lost+, presente no EP Prospekt’s March.
Para quem não visitou o site dos Coldplay ultimamente, ou não leu a última mensagem do Coldplay Messenger, aquí ficam a data e o local de cada concerto:

Sábado 12 de Setembro- Manchester LCCC
Quarta 16 de Setembro- Glasgow Hampden Park
Sábado 19 de Setembro- London Wembley Stadium

Até breve.

Coldplay nomeados para 7 Grammys

Como já deve ser do conhecimento de alguns acompanhantes assíduos da música em geral, foi recentemente publicada a lista de nomeações para os próximos prémios Grammy, evento previsto para dia 8 de Fevereiro de 2009.

Pela primeira vez na história dos mais mais importantes prémios da música, as nomeações foram reveladas no decorrer de um espetáculo no passado dia 3 de Dezembro, no Nokia Theatre em Los Angeles. Com concertos incluidos e muitas estrelas à mistura, LL Cool J e Taylor Swift foram publicando as 110 categorias dos prémios e os respectivos nomeados para cada uma delas.

No meio desta manada de categorias, os Coldplay foram nomeados para 7 Grammys, quantia só superada pelo rapper Lil Wayne, nomeado para 8 estatuetas. Mesmo assim, os Coldplay dominaram nitidamente os campos do pop rock, podendo chegar a ganhar os seguintes prémios: Record Of The Year (Viva La Vida), Album Of The Year (Viva La Vida Or Death And All His Friends), Song Of The Year (Viva La Vida), Best Pop Performance By A Duo Or Group With Vocals (Viva La Vida), Best Rock Performance By A Duo Or Group With Vocals (Violet Hill), Best Rock Song (Violet Hill), Best Rock Album (Viva La Vida Or Death And All His Friends).

Sendo assim, estamos sem dúvida perante mais uma prova do grande sucesso do último album desta ainda maior banda, que nos deixa com agua na boca por não vir a Potugal.

Até breve Coldaplayers!

Coldplaying - o portal dos fãs de Coldplay

O site Coldplaying é uma verdadeira pérola para os fãs de Coldplay. Tudo o que precisamos. Têm uma Wiki - útil para nos cultivarmos um bocadinho mais -, tem um fórum gigante onde podemos falar sobre tudo o que há acerca dos Coldplay em qualquer língua. Tem um sistema de feeds RSS para podermos saber as notícias a qualquer hora, sempre actuais.

Em resumo, imprescindível para qualquer Coldplayer.

Porque é que ouvimos Coldplay?

Se são fanáticos de Coldplay como eu sou, de certeza que já equacionaram várias hipóteses para isso ser assim. Ninguém é doentiamente apaixonado por alguma coisa (mesmo que seja uma banda de britbop) sem nenhuma razão.

Sejamos claros: os Coldplay não têm a melhor base instrumental do mundo. Não são os melhores compositores de pop do mundo e não «inventaram» o seu género. Mas, eu próprio afirmo, os Coldplay são os maiores. São os maiores porque aprenderam dos melhores. Que banda junta melhor influências de Radiohead, Verve, Oasis, U2, Beatles, Genesis, Blur - e muitas outras -... enfim, um sem-número de inspirações divinas, como eles? Nenhuma. Pelo menos que eu conheça.

Os Coldplay não são só uma banda de indie, sobrevivente da comercialização extrema e contraditória (indie, etimologicamente, significa «independente», independente das grandes labels). Os Coldplay são a única banda de britbop genuíno que existe actualmente, criada no final da década de 90, com primeiro álbum lançado já no século XXI. Isto não é desprezo pelas outras «jovens» bandas britânicas de música alternativa - Arctic Monkeys, Franz Ferdinand, Keane (eu não gosto, demasiado comerciais), Zero 7, etc. Estas bandas exploram outro campo de sonoridades muito mais afastado do britbop.

Os Coldplay, desde que existem, têm os seus discos edtiados pela subsidiária da EMI Parlophone. A história da Parlophone confunde-se com a do britbop. O britbop surgiu no final dos anos 80 (embora aqui as opiniões sejam muito divergentes e, por vezes, contraditórias), mas criou raízes e foi ganhando forma muito, muito antes. Talvez nos Beatles, eles editados por esta label. Nos tempos mais recentes, nesta editora estiveram - praticamente - todos os artistas da cena britbop e pós-britbop. Os Verve, os Radiohead, os Blur; e os «pós», Coldplay, Gorillaz, The Good, the Bad and the Queen...

Para evitar fugir à questão inicial, vamos deixar, por agora, a história do fenómeno musical e voltamos aos Coldplay. O Chris Martin, quando entrevistado no concerto Live at the BBC, disse «I think we are the most humble band in the world.» Isto parece um simples paradoxo parvo, mas, na verdade, reflecte perfeitamente a essência dos Coldplay. Eles são a banda mais humilde do mundo. É isso que os torna grandes. A atitude que têm. O facto de serem livres na maneira de fazer música - aprenderam dos Radiohead, claro!

Naturalmente também são brilhantes na sua maneira de fazer música. O Chris Martin é, para mim, o melhor vocalista de pop/rock de sempre. Se tivesse de fazer um top pô-lo-ia à frente de outros «mestres» que eu venero, Thom Yorke, Michael Stipe, Eddie Vedder ou Damon Albran.

Eu oiço Coldplay, porque eles são a banda mais humilde do mundo, oiço porque a música deles toca, porque não estão comprometidos com nada, porque não devem nada a ninguém. Porque são os últimos indies da história da pop.

Até breve.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Prospekt's March

Prospekt's March é o mais recente EP dos Coldplay. Lançado dia 21 de Novembro deste ano, contém 8 temas, todos eles ainda não lançados anteriormente. Embora dois deles sejam edits ou remixes de canções previamente lançadas [Lost+ e Lovers in Japan (Osaka Sun Mix)], todos os outros são completamente originais. É notória uma continuidade temática e «espiritual» vinda do último álbum, Viva la Vida or Death and All His Friends, isso vê-se na artwork da capa e ouve-se nas letras e sonoridade dos originais.

Não deixa de ser curioso o clichê apresentado com a abertura deste EP (que é quase um LP «mais curto») numa música de nome Life in Technicolor II que tem a mesma base instrumental que o tema que abre o último álbum mas é aumentada e é-lhe incorporada uma letra.

As classificações não são tão extraordinariamente altas como as de Viva la Vida - aqui, normalmente, ficam-se por metade da escala - mas também isso tem a importância que tem. Estes temas foram deixados de parte no álbum, talvez por não se enquadrarem ou serem demasiado experimentais. Não interessa, é uma óptima forma de establecer uma «ponte» entre o anterior e o próximo álbum, a sair no final do ano que vem. Mesmo assim, o tema Life in Technicolor II, já foi extraído como single.

Não há muito mais a dizer senão que, caso ainda não tenham ouvido nenhum tema deste álbum, devem fazê-lo.



Já tivemos visitas.